A VIDA DE CRISTO
Jesus Cristo foi milagrosamente concebido na virgem Maria. Como Mateus 1.18
explica: “Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida
em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito
Santo”. O versículo 20 enfatiza que ela não foi engravidada por um homem, mas que
a criança veio “do Espírito Santo”. Cristo “nasceu de uma mulher” (Gálatas 4.4), mas
em vez de ser concebido pela união de um homem e uma mulher, ele foi concebido
pelo “poder do Altíssimo” (Lucas 1.35). Assim, a pessoa nascida era tanto divina
como humana.
Diferente de todos os outros seres humanos após Adão, Jesus não tinha culpa
imputada ou corrupção herdada. Ora, a Bíblia não diz que a culpa imputada e a
corrupção herdada venham somente do pai, e nós sabemos também que Maria era
pecadora assim como o resto da humanidade. Embora a concepção virginal testifique
que ele não era um ser humano ordinário, por si mesma ela era insuficiente para
proteger a criança de toda contaminação. Portanto, a impecabilidade de Cristo não
pode ser devido à concepção virginal somente, mas foi o decreto soberano de Deus de
que nenhuma culpa seria imputada sobre Cristo e que nenhuma corrupção seria
herdada por ele. O “poder do Altíssimo” não somente causou a concepção de Cristo
sem um pai humano, mas também guardou a criança tanto da culpa legal de Adão
como da natureza corrupta resultante do pecado. Isso foi assim para que a criança
pudesse ser corretamente chamada de “o santo” (Lucas 1.35).
Algumas pessoas argumentam que Cristo deve ter sido sujeito tanto ao erro como ao
pecado simplesmente por ser uma pessoa humana; a imunidade completa ao pecado
significaria que ele não era genuinamente humano. As tendências a incorrer em
enganos e cometer pecados parecem ser intrínsecas ao que significa ser humano.
Logo, dizer que ele era humano significa que ele também era propenso ao erro e ao
pecado. Se Cristo não fosse sujeito a esses defeitos, ele não teria sido humano. Afinal
de contas, tais pessoas afirmam: “Errar é humano”.
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Contudo, essa opinião esquece do fato que toda a raça humana existe num estado
depravado que é diferente da condição original do homem. Adão e Eva não foram
criados pecadores e, todavia, eles eram plenamente humanos. Isso significa que a
pecaminosidade não é um atributo humano essencial. Que o nosso estado pecaminoso
é um fator universal da vida humana impede alguns de verem que esse é um fato
anormal. Em outras palavras, é possível ser um ser humano sem culpa imputada e
corrupção herdada; entretanto, somente Adão, Eva e Jesus nasceram sem pecado.
Isso se relaciona ao que Paulo diz sobre Cristo como o “último Adão” ou o “segundo
homem” (1 Coríntios 15.45, 47). O “primeiro homem”, Adão, como um cabeça
federal representando todo membro pertencente ao grupo de pessoas atribuídas a ele
na mente de Deus, a saber, a raça humana. O “segundo homem”, Jesus, também foi
um cabeça federal, e representou todo membro pertencente ao grupo de pessoas
atribuídas a ele na mente divina, a saber, os eleitos.
Quanto ao ministério de Jesus, ele foi caracterizado pela pregação, ensino e cura:
Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas
novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo.
(Mateus 4.23)
Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas,
pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
(Mateus 9.35)
Mas ele disse: “É necessário que eu pregue as boas novas do Reino de Deus
noutras cidades também, porque para isso fui enviado”. (Lucas 4.43)
Sua pregação e seus milagres trouxeram crescente hostilidade de seus inimigos. Após
vários anos de ministério, ele foi traído por seu discípulo Judas, e entregue às mãos
daqueles que desejavam matá-lo. Após um período de tratamento severo e injusto
pelas autoridades judaicas e pelos soldados romanos, ele foi sentenciado por Pilatos à
morte por crucificação. Jesus morreu na cruz, e até mesmo sua morte testificou o que
ele era: “Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu
como ele morreu, disse: ‘Realmente este homem era o Filho de Deus!’ ” (Marcos
15.39).
Jesus tinha um corpo humano real, e sua morte foi literal e física. Os evangelhos
deixam claro que ele morreu de fato:
Vieram, então, os soldados e quebraram as pernas do primeiro homem que
fora crucificado com Jesus e em seguida as do outro. Mas quando chegaram a
Jesus, constatando que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Em vez
disso, um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu
sangue e água*.
Os soldados romanos eram bem-treinados, e sem dúvida tinham realizado diversas
crucificações antes dessa; eles poderiam ter facilmente determinado se suas vítimas
estavam mortas ou vivas. Quando eles descobriam que Jesus “já estava morto” (João
19.33), não viram nenhuma necessidade de quebras suas pernas para apressar a sua
morte. Mas apenas para se certificar, um dos soldados perfurou o seu lado, do qual
“saiu sangue e água” (João 19.34), provando sua morte de um ponto de vista médico.
Assim como a morte de Cristo foi literal e física, assim o foi sua ressurreição. A
Bíblia registra que ele ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia. Ressuscitou com o
mesmo corpo que tinha antes, mas transformado e aprimorado. Paulo escreve que os
cristãos também receberão tal corpo quando Jesus retornar e ressuscitar os mortos:
“Assim será com a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e
ressuscita imperecível” (1 Coríntios 15.42). Em todo caso, o corpo ressurreto ou
“glorificado” ainda poderia manifestar funções no mundo físico, de forma que,
quando Jesus apareceu aos seus discípulos, ele lhes disse: “Vejam as minhas mãos e
os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem
ossos, como vocês estão vendo que eu tenho” (Lucas 24.39).
Após sua ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos diversas vezes num período
de quarenta dias, mostrando-lhes “muitas e infalíveis provas” (Atos 1.3) de que estava
vivo. Depois, a Bíblia registra que ele foi elevado ao céu e que lhe foi dada uma
posição de autoridade pelo Pai: “Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles
olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles” (Atos 1.9); “Depois de lhes ter
falado, o Senhor Jesus foi elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus” (Marcos
16.19).
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