O ARGUMENTO TELEOLÓGICO

O ARGUMENTO TELEOLÓGICO

pode também ser chamado de argumento do
projeto. É historicamente associado com o trabalho de William Paley, 23 que
argumentava:
Ao cruzar uma charneca, supondo que eu tropece numa pedra, e fosse
perguntado como ela veio a estar ali, eu possivelmente poderia responder, que,
por qualquer coisa que eu sei ser o contrário, ela sempre estivesse ali; nem seria,
talvez, muito fácil mostrar o absurdo de tal resposta. Mas suponha que eu
encontrasse um relógio no chão, e fosse inquirido sobre como ocorreu de o
relógio estar naquele lugar: dificilmente deveria eu pensar na reposta dada antes
— que, por qualquer coisa que eu sei, o relógio pudesse haver estado sempre ali.
Todavia, por que não deveria essa resposta servir tanto para o relógio quanto
para a pedra? Por que ela não é admissível no segundo caso e o é no primeiro?
Por essa razão, e por nenhuma outra, a saber, que, quando vamos inspecionar o
relógio, percebemos (o que não poderíamos descobrir na pedra) que suas várias
partes estão planejadas e postas juntamente para um propósito, e.g., que estão
assim formadas e ajustadas para produzirem movimento, e que tal movimento
está assim regulado para fornecer a hora; que, se as diferentes partes houvessem
sido talhadas diferentemente do que elas são, se tivessem um tamanho diferente
daquele que têm, ou fossem colocadas de qualquer outra maneira, ou em
qualquer outra ordem que não aquela em que estão postas, ou movimento
nenhum pode ser levado adiante pela máquina, ou ninguém que tivesse
respondido se beneficia então de seu uso...
...a inferência, concluímos, é inevitável, o relógio deve ter tido um fabricante;
deve haver existido, em algum tempo, e em algum lugar ou outro, um artífice ou
artífices que o construíram com o propósito que descobrimos ser a resposta
verdadeira; que compreendeu sua construção, e intentou seu uso...
Toda indicação de invenção, toda manifestação de projeto, que existia no
relógio, existe nas obras da natureza; com a diferença, pelo lado da natureza, de
ser maior e em maior quantidade, e isso em um grau que excede todo cálculo.
Quero dizer que as invenções da natureza ultrapassam as da arte, na
complexidade, sutileza, e peculiaridade do mecanismo; e mais ainda: se possível,
vão além em número e variedade; todavia, em inúmeros casos, não são menos
evidentemente mecânico, não menos evidentemente invenções, não menos
evidentemente acomodados aos seus fins, ou adequados ao seu ofício, do que o
são as mais perfeitas produções da genialidade humana...
Observações ordinárias e estudos científicos indicam que o universo físico exibe uma
intrincada estrutura e uma complexa ordem; apresenta-se a si mesmo como um produto
de projeto deliberado. O PRINCÍPIO ANTROPOCÊNTRICO representa a observação
que muitos aspectos do universo parecem estar em admirável sintonia para permitir a
existência de vida. Se tais fatores tivessem de ser mesmo que ligeiramente diferentes do
que são, a vida seria impossível. Um grande número de condições precisas deve estar
presente simultaneamente para permitir a existência de vida orgânica.
Visto que o que é projetado requer um projetista, o observado projeto do universo
necessita a existência de um projetista. Tal ser exibe as características de uma mente
racional, capaz de pensar e planejar, e possui tal poder para executar seus intentos que
criou o universo sem matéria preexistente disponível. Essa descrição é consistente com
o que a Bíblia ensina acerca de Deus. A magnitude e a complexidade da sua criação
demonstram seu poder e sabedoria:

Mas foi Deus quem fez a terra com o seu poder, firmou o mundo com a sua
sabedoria e estendeu os céus (Jeremias 10.12)
Eu fiz a terra, os seres humanos e os animais que nela estão, com o meu grande
poder e com meu braço estendido, e eu a dou a quem eu quiser. (Jeremias 27.5)
Quantas são as tuas obras, SENHOR! Fizeste todas elas com sabedoria! (Salmo
104.24)
O ARGUMENTO MORAL parte das leis objetivas morais para um doador moral das
leis. Immanuel Kant (1724-1804) escreve em sua Critique of Practical Reason: 25
Duas coisas enchem a mente com uma sempre nova e crescente admiração e
temor reverente, e com cada vez mais freqüência e mais firmeza refletimos
nelas: os céus estrelados acima de mim e a lei interna dentro de mim. 26
Para que as leis morais objetivas tenham sentido deve haver justiça. Visto que
observamos que a justiça com freqüência não é realizada nesta vida, deve haver uma
vida além onde a justiça exata é feita. Além disso, para haver justiça deve haver um Juiz
que fará tal justiça. Mas para esse Juiz julgar retamente, ele deve ser onisciente,
conhecendo todo pensamento e ação, e suas várias relações. E para executá-la, deve
haver poder ilimitado à disposição dele.
Ora, Kant advogara por um conceito de Deus como um princípio heurístico em ética, e
não queria dizer que o argumento servisse como prova no sentido clássico:
Por um postulado de razão prática pura, entendo uma proposição teórica que não
é, enquanto tal, demonstrável, mas que é um corolário inseparável de uma lei
incondicionalmente válida a priori. 27
Entretanto, se alguém negar que haja uma vida além na qual todos se depararão com
esse Juiz todo-poderoso e que tudo sabe, ele não pode mais explicar a moralidade
objetiva. Todavia, encontramos homens em todo lugar falar e agir como se existisse
moralidade objetiva. Mesmo aqueles que verbalmente negam a moralidade objetiva
reagem às ações dos outros como se houvesse uma tal coisa. Não se pode declarar
consistentemente a moralidade objetiva, seja por palavra ou ação, e rejeitar sua
precondição necessária. Escreve Hastings Rashdall:
A crença em Deus... é a pressuposição lógica de uma Moralidade “objetiva” ou
absoluta. Uma idéia moral não pode existir em lugar algum e de nenhum modo
senão na mente; uma idéia absoluta pode existir apenas numa Mente da qual
toda Realidade seja derivada. Nossa idéia moral pode somente declarar a
realidade objetiva até o ponto que possa ser racionalmente considerada como a
revelação de um ideal moral eternamente existente na mente de Deus.

Concluindo nossa discussão sobre os argumentos clássicos, procederemos agora ao
exame dos argumentos bíblicos, assim chamados devido à sua dependência tanto da
estratégia apologética quanto do real conteúdo da Bíblia.

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