PRESERVADOS

PRESERVADOS

Todos os que passam por uma fase da aplicação da redenção, experimentarão também
a fase seguinte. Por exemplo, todos a quem Deus predestinou, ele também chamará à
salvação no devido tempo. Ora, Romanos 8.30 diz: “Aos que justificou, também
glorificou”. Tal declaração necessariamente implica que todos os que experimentam a
justificação também experimentarão a glorificação; ninguém que esteja justificado
deixará de ser glorificado. Visto que a glorificação se refere à consumação da obra
salvadora de Deus no eleito, isso significa que uma vez que um indivíduo tenha sido
justificado aos olhos de Deus, sua justiça legal nunca será perdida. Visto que todos
aqueles que são justificados também serão glorificados, os verdadeiros cristãos nunca
perderão sua salvação.
Essa doutrina é amiúde chamada de PERSEVERANÇA DOS SANTOS; e também de
SEGURANÇA ETERNA em alguns círculos. Esses termos são acurados, visto que os
crentes verdadeiros conscientemente perseveram na fé e os eleitos estão, de fato,
eternamente seguros em sua salvação. Contudo, muitas passagens bíblicas tratando
com esse tópico enfatizam que é Deus quem ativamente preserva o crente do princípio
ao fim da sua salvação, que Jesus é “o autor e consumador da nossa fé” (Hebreus
12.2). Sendo esse o caso, PRESERVAÇÃO é um termo melhor. Ele reflete o fato de
que, no final das contas, é Deus quem mantém a salvação dos cristãos, e não o crente
em si.
Favorecer a perspectiva da preservação não nega que o crente deva deliberadamente
se aperfeiçoar e conscientemente se esforçar a fim de perseverar. É antibíblico dizer
que, visto que é Deus em última análise quem nos guarda, logo, não precisamos
exercer nenhum esforço consciente em nosso desenvolvimento espiritual. “Relaxe, e
deixe Deus fazer tudo”, uma frase popular que provavelmente veio do movimento de
Keswick, é antibíblica quando aplicada à santificação. Porém, a palavra “preservação”
nos ajuda a lembrar que é Deus quem concede e causa qualquer aperfeiçoamento e
estabilidade em nosso crescimento em conhecimento e santidade, mesmo que
estejamos dolorosamente conscientes dos esforços que exercemos para o nosso
desenvolvimento espiritual.
Há muitas passagens bíblicas que ensinam que Deus preserva aqueles a quem ele
elegeu, regenerou e justificou:
Farei com eles uma aliança permanente: Jamais deixarei de fazer o bem a eles,
e farei com que me temam de coração, para que jamais se desviem de mim.
(Jeremias 32.40)
Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais
rejeitarei. Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer
a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou:
que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia..
(João 6.37-39)
Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar
da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém
as pode arrancar da mão de meu Pai. (João 10.28,29)
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios,
nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem
profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar
do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8.38,39)
Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no
dia de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 1.8)
Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos
ungiu, nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos
corações como garantia do que está por vir. (2 Coríntios 1.21,22)
Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai
completá-la até o dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1.6)
Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a
alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo. Aquele que os chama é fiel, e fará isso. (1
Tessalonicenses 5.23,24)
Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem
tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe
confiei até aquele dia. (2 Timóteo 1.12)
O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a salvo para o seu
Reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre. Amém. (2 Timóteo
4.18)
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua
grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que jamais
poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus
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para vocês que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus até chegar a
salvação prestes a ser revelada no último tempo. (1 Pedro 1.3-5)
Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos que foram chamados,
amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo. (Judas 1)
Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da
sua glória sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador,
sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso
Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém. (Judas
24-25)
A doutrina da preservação não diz que qualquer um que fez uma profissão de fé em
Cristo esteja portanto salvo e nunca se perderá, visto que sua profissão pode ser falsa.
Antes, a doutrina ensina que os verdadeiros cristãos nunca se perderão. Eles nunca se
apartarão permanentemente de Cristo, embora alguns deles possam até mesmo cair
profundamente no pecado por um tempo.
Um verdadeiro cristão é alguém que deu assentimento verdadeiro ao evangelho, e cuja
“fé sincera” (1 Timóteo 1.5) se torna evidente através de uma transformação
duradoura de pensamentos, conversação e comportamento em conformidade com as
exigências da Escritura. João diz que alguém que é regenerado “não pode continuar
pecando” (1 João 3.9). Por outro lado, uma pessoa que produz uma profissão de Cristo
como resultado de um falso assentimento ao evangelho pode permanecer “somente
um pouco de tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da
palavra, logo a abandona” (Mateus 13.21).
Algumas vezes até os eleitos podem cair em sério pecado, mas tal queda nunca será
permanente. Todavia, enquanto uma pessoa estiver vivendo um estilo de vida
pecaminoso, não temos razão para crer em sua profissão de fé naquele momento, e,
portanto, devemos pensar dele como um incrédulo. Jesus ensina que uma recusa
obstinada para se arrepender é uma razão suficiente para a excomunhão:
Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele
o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um
ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo
depoimento de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-los, conte à
igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou
publicano. (Mateus 18.15-17)
Visto que ele é considerado um incrédulo, não pode ser um candidato para casamento
por um cristão, não pode participar na comunhão, e não pode manter nenhuma
responsabilidade ministerial. Ele pode ser de fato um verdadeiro cristão, mas não há
nenhuma forma de se estar certo disso enquanto ele permanecer no pecado. Antes, ele
deve ser considerado e tratado como um incrédulo, juntamente com todas as
implicações de tal suposição. “Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para
consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais
tropeçarão” (2 Pedro 1.10).
Aqueles que caem e nunca se arrependem jamais foram verdadeiramente salvos. João
diz: “Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se
fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que
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nenhum deles era dos nossos” (1 João 2.19). Judas pareceu ter seguido Jesus por
vários anos, mas Jesus diz: “Não fui eu que os escolhi, os Doze? Todavia, um de
vocês é um diabo!” (João 6.70). O versículo 64 explica: “Jesus sabia desde o princípio
quais deles não criam e quem o iria trair”.
Assim, não é que Judas tivesse verdadeira fé, e então caísse em pecado e perdesse a
sua salvação; pelo contrário, ele nunca teve verdadeira fé de forma alguma. Jesus
escolheu Judas sabendo que ele seria o traidor: “Enquanto estava com eles, eu os
protegi e os guardei no nome que me deste. Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele
que estava destinado à perdição, para que se cumprisse a Escritura” (João 17.12). Esse
versículo pressupõe a eleição divina, e explicitamente ensina as doutrinas da
preservação e da condenação. Jesus guardou a salvo os onze, que estavam entre os
eleitos, mas Judas se perdeu porque ele, antes e tudo, nunca tinha sido salvo; estava
entre os condenados, “preparados para destruição”.
Por outro lado, aqueles dentre os eleitos que parecem decair de sua fé, todavia, retém
sua salvação, e eles retornarão a Cristo de acordo com o poder de Deus para preserválos.
Por exemplo, mesmo antes de Pedro negar a Cristo, foi-lhe dito: “Simão, Simão,
Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua
fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lucas
22.31,32). É verdade que se a fé de alguém se perder realmente, então ele perdeu
também sua salvação; contudo, é o próprio Deus quem impede que a fé dos seus
eleitos fracasse. E, assim como Jesus orou por Pedro, ele está agora orando por todos
os cristãos, de modo que não importa quais problemas espirituais eles pareçam estar
experimentando, no final a fé deles não malogrará:
Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em
mim, por meio da mensagem deles. (João 17.20)
Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele,
aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. (Hebreus
7.25)
Jesus não fez tal oração por Judas, mas orou somente pelos seus eleitos: “Eu rogo por
eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus”
(João 17.9).
Uma das objeções mais comuns a essa doutrina declara que, se é verdade que o crente
não pode perder sua salvação, então isso constitui uma licença implícita para pecar. O
cristão pode cometer todo tipo de pecado, e ainda permanecerá seguro em Cristo.
Entretanto, o verdadeiro cristão não deseja viver no pecado, embora possa
ocasionalmente tropeçar. O verdadeiro crente detesta o pecado e ama a justiça.
Alguém que peca de maneira irrefreada não é um cristão absolutamente.
Há várias passagens bíblicas que ordenam os cristãos a buscarem a justiça e evitarem
a impiedade. Algumas dessas passagens são tão fortes em expressão e contém
advertências tão sinistras, que alguns as interpretam incorretamente, como dizendo
que é possível para um verdadeiro crente perder sua salvação. Por exemplo, Hebreus
6.4-6 diz o seguinte:
Ora, para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial,
tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da
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palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, e caíram, é impossível que
sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão
crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública.
Em primeiro lugar, o que quer que essa passagem signifique, ela não diz que os eleitos
renunciam de fato a sua fé. Vamos assumir que a passagem está de fato dizendo que
se alguém decair da fé depois de alcançar certo estágio de desenvolvimento espiritual,
ela de fato perderia sua salvação. Isso não desafia a doutrina da preservação – na
realidade, podemos concordar de todo coração com tal declaração. Se o eleito sincera
e permanentemente renuncia a Cristo, então perde sua salvação. Contudo, nós já
lemos vários versículos dizendo que isso nunca acontece, que o verdadeiro crente
nunca renunciará a Cristo de forma sincera e permanente, e a passagem acima não diz
nada que contradiga isso. João diz que aqueles que se apartam da fé nunca estiveram
verdadeiramente na fé.
Em segundo lugar, vários versículos adiante, o escritor declara explicitamente que o
que essa passagem descreve não acontecerá aos seus leitores: “Amados, mesmo
falando dessa forma, estamos convictos de coisas melhores em relação a vocês, coisas
que acompanham a salvação” (Hebreus 6.9). Parafraseando, ele está dizendo:
“Embora estejamos falando dessa forma, estou certo de que quando diz respeito à
salvação, isso não acontecerá com vocês”.
Em terceiro lugar, devemos lembrar que Deus usa vários meios pelos quais ele realiza
os seus fins. Por exemplo, embora ele tenha determinado imutavelmente as
identidades daqueles a quem salvaria, ele não salva essas pessoas sem se valer de
meios. Antes, ele salva os eleitos por meio da pregação do evangelho, e da fé em
Cristo que coloca dentro deles. Deus usa vários meios para realizar os seus fins, e ele
escolhe e controla tanto os meios como os fins.
Conseqüentemente, apenas porque se nos diz que os eleitos perseverarão na fé, não
significa que Deus não os advirta contra a apostasia. Na verdade, essas advertências
escriturísticas sobre as conseqüências de renunciar a fé cristã são um dos meios pelos
quais Deus impede seus eleitos de cometer apostasia. Os réprobos ignorarão essas
advertências, mas os eleitos prestarão atenção a elas (João 10.27), e assim, eles
continuarão a operar a própria santificação “com temor e tremor” (Filipenses 2.12).
Concernente às palavras de Deus, Salmo 19.11 diz: “Por elas o teu servo é advertido;
há grande recompensa em obedecer-lhes”.

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